quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Apesar de irregular SEMSUR valoriza "Fiscalização" terceirizada


Apesar de irregular SEMSUR valoriza "Fiscalização" terceirizada


                A SEMSUR - Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, possui no seu quadro de terceirizados mais ou menos 11 funcionários que atuam irregularmente na função de "FISCAL", sendo que um desses terceirizados é denominado de "Coordenador" de fiscalização, função essa que nem existe no quadro funcional da SEMSUR. Ou seja, não há respaldo legal, diga-se de passagem em nenhum órgão municipal, estadual e federal, para que haja terceirização da atividade fim de qualquer ente da federação (Municípios, estado e o próprio governo federal), pois o poder de polícia administrativa compete apenas a servidor público que realizou concurso público para essa função. Imagine-se você cidadão que paga seus impostos sendo multado ou autuado por policial terceirizado, que não realizou concurso e que não tem a qualificação técnica para essa função (grau de escolaridade), você aceitaria essa multa ou autuação? Claro que não! pois essas atividades não podem ser terceirizadas. Basta pesquisar na própria Internet e comprovar esta informação. 

                Esses funcionários foram contratados no início da atual gestão, ano de 2013, por interesses políticos para atuarem no Setor de controle de Bancas de revistas, quiosques e ambulantes (SCBQRA) vinculado ao Departamento de Concessões, permissões e autorizações (DCPA) da SEMSUR (ver organograma SEMSUR no diário Oficial da Prefeitura do Natal), sendo esse setor e departamento responsável pela Fiscalização de Serviços Urbanos da SEMSUR (Notem que não há um setor de Fiscalização no organograma da SEMSUR). Essa mão de obra serviria de apoio operacional aos 8 (oito) Fiscais da SEMSUR (Fiscal de Serviços Urbanos) e aos, aproximadamente, 40 (quarenta) Auxiliares de Campo, sendo que esses 48 são todos funcionários públicos concursados e não concordaram com a inclusão dessa mão de obra terceirizada no quadro dos setores já mencionados, mas, por força política os terceiros acabaram ficando IRREGULARMENTE na fiscalização.

                No 1o ano de atuação dessa mão de obra terceirizada eles ficaram sobre total controle e subordinação ao SCBQRA e ao DCPA, mas após este período a Secretária Adjunta de Serviços Urbanos e seu setor Secretaria adjunta de serviços urbanos (SASU) recolheu esses 11 terceirizados para atuar como uma Fiscalização paralela e política da SEMSUR, atendendo os anseios políticos da Secretária Adjunta e de outros políticos e trabalhando, IRREGULARMENTE, e paralelamente a fiscalização legal realizada pelos 48 servidores do SCBQRA e DCPA. Fiscalização paralela realizada sem nenhum controle e sem conhecimento dos 8 Fiscais de serviços Urbanos, essa atividade IRREGULAR está realizando abordagens (as vezes truculentas), notificações verbais, apreensões sem auto de infração, dentre outras atividades IRREGULARES que tiram todo o direito de defesa do cidadão que foi notificado verbalmente e teve seus pertences "roubados" Deus sabe para onde. Sem contar que essa Fiscalização paralela atua com todo apoio da SASU e com infraestrutura de fazer inveja para muitos outros setores da Prefeitura e para Polícia Militar, pois eles possuem uma VAN disponível 24 horas e com combustível ilimitado, rádios comunicados funcionando, sala exclusiva com ar-condicionado e câmeras de vigilância no camelódromo da Cidade Alta e ainda conta com ASG's e secretaria própria, fardamentos novos (de cor Azul escuro, por que será?), entre outras regalias que os setores responsáveis pela fiscalização legal da SEMSUR não chega nem perto de ter.

                Nós Fiscais de Serviços Urbanos e Auxiliares de campo devidamente concursados jamais compactuaremos com atividades irregulares realizadas por políticos, secretarias adjuntas ou por qualquer outra pessoa dentro da SEMSUR. Sabendo que a SEMSUR é uma secretária quase que puramente política e por isso fica difícil de combater essas situações irregulares, resolvemos fazer uma carta aberta a quem interessar e que foi 1o entregue a direção da SEMSUR. Mas com a permanência, mesmo que de forma velada da terceirização, evidencia a intenção da Secretaria em manter a insegurança jurídica das ações da  Fiscalização. Isso porque fiscalizar é uma atividade fim e não pode ser terceirizada, o que causa uma insegurança aos cidadãos fiscalizados , que passam a ser abordados por pessoas não capacitadas para tal.

                Segue carta aberta em próxima postagem.


Por uma Natal melhor

Nenhum comentário:

Postar um comentário